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kulmen
12 janvier 2006

A Redacção

No fim da entrevista de Cavaco Silva à VISÃO, hoje publicada, o entrevistador propôs a Cavaco que dissesse, em cerca de 20 linhas, o que ecreveria sobre si próprio para uma futura enciclopédia. O Professor considerou complicado improvisar sobre tal tema e, estando carente de tempo, foi acordado que responderia por escrito. Assim fêz, e é esse texto que a seguir, com a devida vénia à VISÃO, transcrevo na íntegra:

"Nasceu no verão de 1939 numa pequena e bonita aldeia algarvia. Frequentou a escola da aldeia, passou para a Escola Comercial de Faro e começou a pensar ser professor. E foi. Aos 40 anos, era professor catedrático. Viveu em Moçambique 2 anos. Viveu em Inglaterra quase três. Teve a sorte de conhecer a democracia de Abril de 1974. Depois, aconteceram-lhe muitas coisas inesperadas. Foi ministro das Finanças aos 40 anos. Foi primeiro-ministro aos 46, e por lá ficou 10 anos, contra os vaticínios dos seus adversários. Conquistou para o seu partido duas maiorias absolutas, coisa inédita na democracia portuguesa. Teve o privilégio de viver por dentro os primeiros dez anos de Portugal na União Europeia e acompanhou de perto a queda do muro de Berlim e as mudanças na Europa de Leste.
Quando esteve na vida pública foi dominado por um sonho: fazer de Portugal um país moderno e desenvolvido, com  mais justiça social e respeitado na cena internacional. Achava que o país tinha mudado muito na sua década, mas dizia que gostava de ter feito mais e melhor. Alguns críticos acusavam-no de autoritarismo, confundindo com determinação em construír; outros de economicista, confundindo com vontade de utilizar bem os escassos recursos disponíveis; outros de arrogante, confundindo com preocupação pelo rigôr e dignidade no exercício do poder. Diziam dele que era muito sério, rigoroso e esfíngico. Os amigos e a família riam-se dessas opiniões.
A família foi sempre muito importante na sua vida. Teve dois filhos e netos. Teve sempre a mesma mulher e nunca se cansaram um do outro.Deppois de dez anos de efastamento da vida política activa,voltou a candidatar-se a Presidente da
República, nas eleições de 2006. Obteve uma votação de ?%."

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